O que é desfibrilação

Desfibrilação

Índice

A desfibrilação é o disparo de uma carga elétrica no coração de um indivíduo com sintomas de fibrilação atrial. A fibrilação ocorre quando o coração começa a bater de forma anormal, rápida e irregular.

Em alguns casos, essa fibrilação pode não apresentar sintomas, mas em outros pode ser precursora de um acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque cardíaco, com falta de ar, dor no peito e parada cardíaca.

Desfibrilação

A desfibrilação é a reversão da parada cardíaca ocorre em virtude das descargas elétricas aplicadas pelo desfibrilador, que são escalonadas conforme a necessidade de cada paciente.

O choque, aplicado diretamente no tórax de uma pessoa, tem o efeito de “reinicializar” o coração, fazendo com que as células cardíacas desorganizadas retornem ao seu estado elétrico inicial, bombeando sangue por todo o corpo novamente.

Procedimento

O procedimento de desfibrilação é bem “simples” quando se usa um desfibrilador. O operador do equipamento coloca as duas pás do aparelho em locais diferentes no tórax do paciente para permitir que a descarga atinja todo o órgão.

A pá direita deve estar no lado inferior esquerdo do tórax e a mão esquerda deve estar na metade superior do peito.

As pás devem estar lubrificadas com gel. Esse processo é importante tanto para evitar queimaduras no tórax do paciente quanto para facilitar a condução da corrente elétrica para o corpo.

Os choques aplicados na desfibrilação são de potência variável e devem ser calculados pela equipe de serviço com base no peso e altura do paciente.

Essa potência normalmente varia entre 100 e 360 joules. A quantidade de choque para reanimar o paciente também deve ser avaliada por um médico.

Dependendo de como o paciente está após o choque, se estiver consciente, deve receber oxigênio ou uma massagem cardíaca para continuar bombeando sangue para o cérebro em preparação para o próximo choque.

A equipe de enfermagem deve manter distância do paciente durante o choque, pois isso pode causar fibrilação ventricular em indivíduos saudáveis.

TIPOS DE DESFIBRILADOR

Há diversos tipos de desfibrilador, utilizados de formas diferentes e que podem ser manejados por pessoas de vários níveis de conhecimento em medicina.

Desfibrilador Manual

O mais comum é o desfibrilador externo manual, que é o utilizado em hospitais e outros ambientes médicos e é operado por médicos e em certos casos por enfermeiros treinados.

Cardioversor/Desfibrilador

Outro tipo é cardiodesfibrilador implantável (CDI), que funciona como um tipo de marca-passo, mas com um choque mais forte e com uma vida útil menor, exatamente por conta da potência das descargas elétricas.

Este aparelho é implantado entre a pele e o músculo cardíaco. Ele é capaz de identificar uma arritmia ou uma fibrilação, corrigindo-a emitindo um impulso elétrico.

Muitos pacientes relatam surpresas ao receberem os choques do aparelho, sendo que podem se sentir melhor ou atordoados. O ideal é falar com o cardiologista após as primeiras experiências com o CDI.

DEA – Desfibrilador Externo Automático

Já o desfibrilador externo automático (DEA) é utilizado para reverter somente a fibrilação ventricular e pode ser operado por leigos com algum treinamento.

O aparelho, inclusive, já é disponibilizado em locais públicos, como aeroportos, estações de trem e estádios em todo o mundo. Por ser automático, o aparelho faz o trabalho de detectar a necessidade do choque e sua eventual potência.

A vantagem de possuir esse aparelho perto é, além de sua eficiência na desfibrilação em aplicar o choque na potência correta, reanimar uma pessoa com parada cardiorrespiratória rapidamente, enquanto se chama o serviço de emergência, que pode demandar tempo, que é essencial para salvar a vida do paciente.

FIBRILAÇÃO ATRIAL E VENTRICULAR

Antes de falarmos sobre a fibrilação, precisamos falar sobre as estruturas do coração. O órgão é formado por quatro câmaras: dois átrios (superiores) e dois ventrículos (inferiores). Cada uma das seções do coração (direita e esquerda) é responsável por um circuito sanguíneo.

A parte direita é responsável pelo circuito pulmonar: o átrio direito recebe sangue não-oxigenado e envia ao ventrículo direito antes de ser bombeado aos pulmões. Já a parte esquerda faz o circuito sistêmico: o átrio esquerdo recebe o sangue já oxigenado pelos pulmões e o envia para o ventrículo esquerdo bombeá-lo para todo o corpo.

Inclusive, o músculo dessa estrutura é mais espesso que o lado direito, já que precisa realizar mais contrações.

A fibrilação é um fenômeno em que as fibras musculares cardíacas se contraem de forma desordenada, fazendo com que o processo de entrada e saída de sangue do coração fique prejudicado. Ela pode acontecer no átrio ou no ventrículo.

Fibrilação Atrial

A fibrilação atrial é a segunda causa causa de mortes em todo o mundo. Ela está associada ao avanço da idade, acometendo pessoas entre 70 e 80 anos, e tem como principal consequência o AVC.

Isso porque, na falha do bombeamento de sangue, o líquido pode ficar parado em regiões do corpo, formando coágulos que, se soltando, podem bloquear artérias cerebrais.

Fibrilação Ventricular

Já a fibrilação ventricular se apresenta como uma possível complicação de uma doença cardíaca grave, sendo o principal mecanismo que leva à parada cardíaca.

Esta condição é resultado de uma doença das válvulas do coração, da doença coronariana aguda, da hipertensão arterial, entre outras, como enfermidades cardíacas hereditárias.

O diagnóstico acontece, principalmente, em casos de perda da consciência pelo paciente que, desacordado, apresenta traçado eletrocardiográfico de traçado irregular e com ondas grosseiras.

Tratamentos

O tratamento desses quadros é diferente. A fibrilação atrial pode ser tratada com o uso de medicamentos, tanto para regular os batimentos cardíacos, quanto para evitar a formação de coágulos sanguíneos.

Como a fibrilação ventricular tem consequências mais drásticas, ela é tratada com choques elétricos, principalmente porque o paciente deve estar desacordado.

No entanto, em ambos os casos, os pacientes, de acordo com a avaliação médica, podem ganhar marca-passos ou o CDI para detectar a fibrilação de suas cavidades e receber um choque que pode prevenir que a irregularidade das contrações cardíacas deixe-o em um estado mais crítico que possa levá-lo a quadros mais sérios e irreversíveis.

De qualquer forma, a recomendação dos especialistas é levar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de exercícios físicos regulares, para evitar o agravamento das doenças cardíacas.

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