Pressão arterial, saiba um pouco mais sobre essa mal!

Pressão Arterial

Índice

A pressão arterial ou hipertensão é uma doença que afeta a população em qualquer faixa etária – crianças, adultos e idosos.

A doença atinge cerca de 25% da população brasileira, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Da população idosa, cerca de 50%, na faixa etária acima dos 60 anos de idade, sofre de pressão alta.

A hipertensão responde por 80% dos casos de derrame cerebral, 40% dos infartos e 25% dos casos de insuficiência renal, no Brasil.

Vamos abordar um pouco mais:

O que é hipertensão?

A pressão arterial ou hipertensão é determinada pelo volume de sangue ejetado do coração e a resistência encontrada nas artérias. O batimento cardíaco varia de 60 a 80 vezes por minuto. O coração bombeia e irriga o corpo com até 6 litros de sangue a cada 60 segundos.

Existem duas pressões, a sistólica e a diastólica. A sistólica é quando os movimentos que o coração faz de contração e bombeamento de sangue exercem pressão contra as paredes das artérias. Já a pressão diastólica acontece quando o coração dilata, entre as batidas.

A elevação da pressão ocorrerá quando existe um aumento da resistência interna das artérias. Com isso torna-se difícil a passagem do sangue, ou também quando o coração é obrigado a bater mais rápido para conseguir bombear o volume de sangue.

É diagnosticado com hipertensão o paciente, quando a pressão arterial atinge o valor constante igual ou superior a 140/90mmHg.

Medição da pressão arterial

A pressão arterial corresponde à pressão do sangue contra as paredes das artérias. O valor máximo refere-se à pressão sistólica decorrente da contração do coração. O valor mínimo relaciona-se à pressão diastólica, resultante da dilatação do coração. A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio.

A pressão de 12 por 8 é a expressão que estamos mais habituados a ouvir dos profissionais da saúde. Ela corresponde a pressão 120/80mmHg, considerado como um valor ótimo de pressão arterial. A pressão considerada normal é a 13 por 8,5 (130/85mmHg).

A pressão arterial ideal para diabéticos deve ser menor que 130/85mmHg (13 por 8,5). Em pacientes com doença renal crônica a pressão arterial deve ser no máximo 120/75mmHg (12 por 7,5). Na maioria da população, a pressão deve estar abaixo de 140/90mmHg (14 por 9).

Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA)

Pacientes que apresentam elevação da pressão arterial no consultório médico, a chamada hipertensão do jaleco branco; e nos casos em que a hipertensão continua alta mesmo com o uso de medicamentos, é recomendável a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). Que serve para realizar o acompanhamento ou diagnóstico da hipertensão.

O aparelho é fixado ao braço com uma braçadeira (manguito) e o compressor é fixado à cintura do paciente por baixo da roupa. Em 24 horas o aparelho realiza 80 medições de pressão em média. Ou seja, o paciente passa o dia todo realizando a monitorização, sem muitas alterações em sua rotina.

Já o monitor multiparamétrico é um equipamento utilizado em pronto socorro, centros cirúrgicos e unidades de terapia intensiva. Este equipamento com o módulo de pressão não invasiva, consegue armazenar o histórico do paciente por 120 horas. Também possibilita o monitoramento em rede. Caso você não saiba o que é um monitor multiparamétrico, clique aqui e saiba um pouco mais a respeito deste equipamento.

Existe também o aparelho de pressão analógico, que é mais barato e de fácil transporte, no entanto a leitura dos dados é mais complicada. O digital, embora seja mais caro, é mais prático, possibilita o armazenamento dos registros, além de gerar gráficos. Todos os dois podem ser usados em casa.

Alguns cuidados básicos devem ser tomados antes de se realizar a monitorização da pressão arterial. Trinta minutos antes do teste, o paciente não deve ingerir bebidas alcoólicas nem café. Para medir a pressão, recomenda-se ficar em uma posição relaxada.

Fatores que alteram a pressão arterial

A hipertensão arterial pode ser causada por vários fatores. Existe, claro, a pré-disposição genética. Estão no grupo de risco da hipertensão as pessoas obesas, assim como os idosos.

Com o envelhecimento, a probabilidade de uma pessoa sofrer com a hipertensão é maior, tanto para homens como para mulheres. Sedentarismo, má alimentação, excesso de sal, gorduras, bebidas alcoólicas, tabagismo e o estresse são fatores de risco da pressão alta.

Sintomas da pressão alta

O check-up anual é importante para prevenir uma série de problemas de saúde. Exames periódicos podem identificar sinais de alerta que o organismo mostra para que possamos cuidar melhor da saúde. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura ou controle de determinadas doenças.

Com a hipertensão é a mesma coisa. Geralmente, quando surgem os sintomas, a doença já está em um estágio bem avançado. As dores no peito, dores de cabeça,  sangramentos no nariz, tonturas, cansaço fora do normal e rubor facial são alguns dos sinais de que a pressão arterial está elevada.

Uma pessoa com hipertensão grave, que não faz tratamento, pode apresentar sintomas como dor de cabeça, falta de ar, dispneia, vômito, problemas de visão. Isto porque a doença já afetando o coração, rins, cérebro e os olhos.

Tratamento da hipertensão

Mudança de hábitos para esses casos de hipertensão é muito importante, recomenda-se a: reeducação alimentar, redução do consumo de sal, de alimentos industrializados, que tem muito sódio, de bebidas alcoólicas e refrigerantes, controle do peso e do estresse, prática de atividades físicas e/ou esportivas.

Manter a pressão arterial estabilizada em 12 por 8 é o objetivo do tratamento da hipertensão, que corresponde a pressão 120/80mmHg, considerado como um valor ótimo de pressão arterial. Em pacientes com hipertensão leve, com o valor mínimo oscilando entre 9 e 10, procura-se controlar a pressão arterial sem o uso de remédios.

A pessoa com hipertensão leve pode controlar a pressão arterial através de mudanças que são necessárias para se ter uma vida saudável, sem a necessidade de tomar tantos medicamentos.

Quando os valores mínimos da pressão arterial variam entre 10 e 11 e a pessoa tem dificuldade para mudar hábitos e perder peso, o tratamento é realizado com medicamentos para relaxar os vasos sanguíneos.

O tratamento da hipertensão inclui medicamentos vasodilatadores, os quais reduzem a resistência vascular periférica.

Dicas para melhorar a qualidade de vida

A hipertensão é uma doença crônica, com a qual a pessoa poderá conviver até o fim da vida. Mas é possível controlar a hipertensão com medicamentos e a adoção de hábitos saudáveis.

Avalie a sua vida atual e conscientize-se sobre os hábitos que prejudicam a sua saúde, tais como alimentação inadequada, estresse e sedentarismo.  Veja algumas dicas:

  • Faça check-up anual. Saúde preventiva é muito importante. Quando uma doença é identifica no estágio inicial o tratamento será mais eficaz.
  • Reduzir imediatamente o consumo de sal e alimentos processados. Moderar o uso de sal no preparo dos alimentos.
  • Incluir mais legumes, frutas, verduras, cerais integrais e alimentos com baixo teor de gordura. Nutrientes como potássio, magnésio, cálcio e vitaminas ajudam muito mais a baixar a pressão arterial.
  • Parar de fumar. O cigarro piora ainda mais as condições das artérias, dificultando a circulação sanguínea. Com isso, o esforço do coração será bem maior, aumentando os riscos à saúde da pessoa hipertensa.
  • Estresse é outro vilão para a saúde e pode sim elevar a pressão arterial. A melhor forma de combatê-lo é reequilibrando a vida e incluindo atividades físicas regulares na rotina. Relaxamento, ioga e psicoterapia são fortes aliados contra o estresse e, consequentemente, favoráveis à saúde de quem sofre com a hipertensão.
  • Não alterar a quantidade de medicamentos por conta própria. Esta é uma decisão que cabe ao médico. Habituar-se a tomar os remédios na hora certa e caso surjam reações adversas, procurar imediatamente o médico para relatar o que está acontecendo. Não fazer automedicação.
  • Medições regulares da pressão arterial. Estas anotações são importantes porque ajudam o paciente a ficar mais atento a pequenas alterações que podem, ao longo do tempo, causar outros problemas. É possível fazer em casa, com um aparelho de pressão portátil (analógico ou digital) ou em unidades de saúde.

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